terça-feira, 19 de abril de 2011

Polícia Civil e MPE apreendem R$ 500 mil na casa de Robgol

Ex-atacante do Paysandu, (Foto ao lado) que foi deputado estadual, é investigado por participação em esquema de fraude na Assembleia Legislativa do Pará

O Ministério Público Estadual (MPE) e a Polícia Civil apreenderam cerca de R$ 500 mil em espécie e R$ 40 mil em tickets alimentação da Assembleia Legislativa do Pará, na casa do ex-deputado Robson Lima Nascimento, conhecido como Robgol. Robson Lima está sendo investigado pelo MPE como participante em um esquema de fraudes em contracheques da Alepa que já teria desviado quase R$ 1 milhão desde 2008. O ex-deputado e ex-presidente da Alepa Domingos Juvenil também é alvo de investigações. O MPE chegou a fazer buscas em seu apartamento, mas nada foi encontrado, já que ele não reside mais em Belém.

Iniciadas há cerca de um mês, as investigações resultaram hoje (19) na prisão de três pessoas: Jorge Cadar (chefe do setor de informática), Semel Charone (chefe do gabinete civil) e Daura Hage (funcionária do gabinete do deputado Júnior Hage). A justiça também expediu mandado de prisão contra uma quarta funcionária, Euzilene Lima, que não foi encontrada, mas, segundo seu advogado, irá se apresentar em breve. As três pessoas detidas prestaram depoimento no prédio do MPE e ficarão presas por cinco dias, temporariamente, para não atrapalhar as investigações.

O ESQUEMA

De acordo com o MPE, foi constatada a prática de quatro tipos de fraudes: inclusão de vantagens indevidas nos contracheques, sonegação de imposto de renda e contribuição previdenciária, contratação de funcionários fantasmas e utilização de “laranjas” na folha de pagamento. Segundo o MPE, pelo menos 14 pessoas foram contratadas sem saber que eram funcionárias da Alepa. Seus nomes e documentos eram usados pelos fraudadores sem o seu consentimento.

Durante a ação no prédio da Assembleia Legislativa, o Ministério Público apreendeu discos rígidos de computadores pertencentes aos setores de informática, financeiro e recursos humanos, além de pilhas de cópias de contracheques datados desde 2008. O material passará por perícia e, se for constatada fraude de desvio de recursos federais, a investigação será encaminhada ao Ministério Público Federal.

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