terça-feira, 1 de março de 2011

José Sarney. Notícia de sua morte já estaria encomendada na Rádio

O blog Radar Político, do portal do Estadão, vazou nesta segunda-feira (28) uma gravação de um programa da Rádio Senado com um suposto obituário do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Segundo o blog, o material seria para um eventual falecimento de Sarney, que aos 81 anos vem passando por problemas de saúde.

Com o título “Reportagem especial em homenagem ao senador José Sarney”, produzida pela equipe da rádio oficial da Casa, a gravação destaca em 21 minutos os principais fatos da vida do político, com todos os verbos no pretérito.Em outubro de 2010, Sarney foi hospitalizado por conta de uma arritmia cardíaca.

O título do material é “Reportagem especial em homenagem ao senador José Sarney”. A Secretaria Especial de Comunicação do Senado negou que a rádio tenha um obituário pronto e afirmou que há apenas uma “biografia” de Sarney, como haveria de todos os outros 80 senadores.

Os assessores não souberam informar, porém, por que os verbos do material estão todos no pretérito. “Além de uma extensa vida política, Sarney se destacou nas artes. Ele era membro da Academia Brasileira de Letras desde 1980", diz um trecho. A justificativa oficial é que pode ter havido “erro verbal”.

O material mistura entrevistas e discursos de Sarney com falas de outras personalidades políticas, como Tancredo Neves, já falecido. A gravação começa com a afirmação de que “o ponto mais alto da carreira de Sarney foi a Presidência da República”, mas antes destaca a trajetória do maranhense até chegar a este posto.

Em trecho de entrevista, Sarney afirma que o regime militar aconteceu por que “todo o País sentia que estava à beira de uma desordem coletiva”. Seu papel no regime ocupa a primeira parte do obituário, com destaque para sua primeira reeleição para o Senado em 1978. O narrador destaca que ele teve “o maior percentual de votos naquela eleição em todo o País”.

O período de Sarney na presidência da República é destacado, principalmente, com a convocação da Assembleia Constituinte. A reportagem lembra também da hiperinflação. A crise do Senado, que explodiu na terceira administração do peemedebista a frente da Casa, também é lembrada na reportagem.

A gravação coloca como problemas administrativos o excesso de diretores, o pagamento de horas extras no recesso e os atos secretos. O enfoque, porém, é de destacar “40 medidas” que foram tomadas pela administração Sarney para melhorar a estrutura da Casa e que Sarney foi absolvido pelo Conselho de Ética das acusações feitas contra ele.
fontes: Estadão/Bol Notícias

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